Um estudo feito pela empresa de soluções antifraude Seon, com índices que medem lavagem de dinheiro, exposição a ataques, legislação e comparação de dados nacionais e internacionais, classifica o grau de preparação e resiliência de 94 países em segurança cibernética. O Brasil, em que pese o peso econômico e a quarta população mais conectada do mundo, ficou em 35º, com nota 6,53 em escala de zero a 10.
O índice é composto pelos cinco indicadores: Índice Nacional de Segurança Cibernética (NCSI), Índice Global de Segurança Cibernética 2020, Índice Basel AML: 9ª edição, que enfoca o risco de lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo; o Índice de Exposição de Segurança Cibernética (CEI) 2020, que mede o risco dos usuários de internet em cada país. E o Índice Global de Estratégias Cibernéticas, que avalia a legislação existente sobre o tema.
A Dinamarca foi classificada como a nação mais segura para passar tempo online, alcançando uma pontuação de segurança cibernética de 8,91. Os pesquisadores observam que a Dinamarca teve uma pontuação especialmente boa no índice de exposição de segurança cibernética. Em segundo lugar aparece a Alemanha, com uma pontuação elevada (8,76) no Índice de Cibersegurança Global e leis e regulamentos abrangentes. Na terceira posição estão os EUA (8,73), seguidos pela Noruega (8,46), Reino Unido (8,44), Canadá (8,35), Suécia (8,22), Austrália (8,16), Japão (8,09) e Holanda (8,00).
Por outro lado, o país com a pior classificação em segurança na internet foi Mianmar (2,22), com uma pontuação baixa em todos os índices. Em particular, dificilmente havia uma legislação de segurança da informação em vigor para ajudar a interromper as atividades dos atores da ameaça. Mianmar foi seguido por Camboja (2,67), Honduras (3,13), Bolívia (3,21) e Mongólia (3,25).
Na posição intermediária aparece o Brasil, com pontuação de 5,02 no Índice Basel AML e de 46,75 no Índice Nacional de Segurança Cibernética, ficando na 78º e 70º posições, respectivamente.
O estudo também lista os principais tipos de ameaças cibernética, a começar com phishing e pharming (32,96%), não pagamento/não entrega (14,87%) e extorsão (10,48%). Violação de dados pessoais (6,19%), roubo de identidade (5,92%) e spoofing (3,85%) também são destaque.